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domingo, 30 de agosto de 2015

Esperas


Minhas esperas parecem malograr o florescimento dos desejos que eu cultivo. Tenho buscado meu sorriso matutino, meu olhar sereno, minha intenção mais genuína e nada acho a não ser a lembrança de outros tempos. Atônito ante a ausência de mim mesmo, sentindo-me num beco sem saída, corro até a janela e passo a contemplar a serenidade do outro lado da vidraça. E lá fico esperando por mim mesmo, sentado até a hora de voltar nem sei de onde.

Imagem: Cena do filme "Que Horas Ela Volta?"

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