Um livro para ler, um artigo para terminar, prazos apertados, notificações facebookianas deixando a manhã movimentada e o tempo, escasso, escorrendo por entre os dedos.
Em meio ao barulho da construção ao lado, da buzina incessante no estacionamento, da pressa no meu peito e do parágrafo que precisa ser lido, ouço um som entrar pela janela.
Lembro do meu pai.
A música intensifica uma saudade e, aos poucos, vai plantando silêncios onde só há espaço para barulhos. Se ainda estivesse aqui, meu pai faria 64 anos neste 14/04/2014.
Senti vontade de conversar com ele.
"Ah, Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor."
Fecho o livro e o computador. O parágrafo fica pra depois porque a vida sempre parece mais bonita nas pausas.
Imagem de Sophie Jodoin
Um comentário:
Existem dias em que a saudade é feita para preencher nossos corações.
E as palavras saem como um desabafo mesmo.
Até quado o silencio é inspiração.
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