Dessa perda, nasce a possibilidade de um recomeço trabalhando como mecânico e de uma revisão de vida para entender o que deu errado naquela trajetória aparentemente bem sucedida.
E são nestas memórias de Asterios que estão os momentos mais bonitos da história, desde o começo da relação dele com a ex-mulher, passando pela carreira que ele construiu em torno de projetos arquitetônicos que nunca saíram do papel.
As soluções gráficas que o autor utiliza para enfatizar as emoções dos personagens são geniais e vão desde a utilização de diferentes tipografias para as falas até a mistura de cores que, a cada lembrança e a cada cena, nos ajudam a mergulhar na história.
Gostei bastante, principalmente porque é uma crítica consistente de quem vive sobrepondo teorias sobre a experiência (cof! Acadêmicos, se mordam! cof!). Mas a força maior da história reside nos gestos que repetimos cotidianamente e que compõem o tecido que recobre essa tal felicidade que tanto almejamos.
Recomendadíssimo! Um dos melhores livros que eu já li!
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Asterios Polyp [5/5]
David Mazzucchelli
Quadrinhos na Cia.
David Mazzucchelli
Quadrinhos na Cia.
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