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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Reinvenções


Numa espécie de epifania, recolho os fragmentos de uma realidade sem muitas novidades para trazer pra cá. Se fico longe por uns tempos significa que vou guardando os pedacinhos em vontades, saudades e inquietudes. Com o coração arfante e com um medo do inapreensível, recolho os resíduos dos meus dias e misturo com o pó dos meus sonhos. Nesse céu virtual, meu desespero por uma unidade e alguma coesão sucumbe frente aos cacos, memórias, rastros e índices com suas ventanias e aleatoriedades.

Uma vez, alguém me disse que quem se perde em devaneios, perde a capacidade de manter o foco e se reinventar. Eu discordo! Solto meus fragmentos e deixo que os alinhavos que os unem me reinventem sempre! Passei estes dias desenhando. Isso é mais ou menos o que eu faço fora da internet, onde, além de tudo, eu posso abraçar.

Imagem: Wolney Fernandes

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