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sábado, 22 de dezembro de 2007

Paradoxo do Veneno

Outro dia, visitando o blog da filósofa Márcia Tiburi, encontrei um texto sobre o paradoxo do veneno. Filosófico e poético, como ela mesma descreve, o texto me deixou impactado quando o vi no Saia Justa pela primeira vez. Até hoje ainda não tinha entendido o porquê do impacto. Agora que fui envenenado por uma rosa (qualquer hora explico tudo), posso compreender melhor a força das palavras que reproduzo abaixo:

Veneno “Destruição substancial, essência da morte, caldo da corrupção, prejuízo, perversidade, água maligna, leite do diabo. Peçonha. Ao que nos pode destruir sempre podemos dar o nome de veneno. Veneno não é outra coisa do que o princípio destrutivo cuja natureza fluída vem corromper tudo o que é vivo, bom, belo e verdadeiro. Porém, quem olha o veneno como o mero mal, não entendeu o princípio da vida. A natureza ensina que o veneno é também proteção. Quem tem coragem de enfrentar o veneno? Assim como o bem e o mal se opõem eles também se complementam. A cura está contida no próprio princípio da doença. O bem é tão forte que pode estar escondido no fundo do mais substancial do mal... Mas aí é preciso método. Como fazer para combater o veneno? Qual o seu antídoto? O veneno metáfora da vida? Aquele que não vem da picada da serpente, mas das palavras humanas quando elas se tornam bote?”

Imagem: Wolney Fernandes

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